domingo, 14 de março de 2010

O Congresso do PSD
   
O Congresso extraordinário do PSD (XXXII) começou no sábado e foi solicitado por 2500 militantes, com Pedro Santana Lopes à cabeça, para debater a situação política e alterações aos seus estatutos.

Eram quatro os candidatos à liderança: Castanheira Barros, Paulo Rangel, José Pedro Aguiar Branco e Pedro Passos Coelho.

Segui, tanto quanto me foi possível, o Congresso do PSD. A minha opinião é que o PSD esteve moribundo durante a vigência desta direcção de Manuela Ferreira Leite. A senhora pode ser, e acredito que o seja, uma supra-sumo em Economia e Finanças, mas politicamente é, na minha modesta opinião, muito apagada e sem perfil para exercer o cargo de Primeiro Ministro.

Mas, voltando ao congresso e ao futuro do PSD. Este congresso pode e deve ser um ponto de viragem na vida política nacional. O País não resiste muito mais tempo com um PSD como o de até agora.

Vou começar com candidato que, segundo parece, não terá qualquer hipótese de ganhar., Castanheira Barros. Este senhor nos dois discursos que fez não disse nada de jeito nem nada daquilo que o PSD e o País precisam ouvir.

Relativamente a Paulo Rangel, começou o seu primeiro discurso nervoso mas, à medida que foi andando foi galvanizando o Partido. Parece-me ter ideias claras sobre alguma questões da vida nacional. Tem é um defeito, pensa que por ter ganho a eleições europeias é o maior do mundo. Como disse Fernando Costa, Presidente das Caldas da Rainha, "Contra o Vital Moreira Também eu ganhava". O facto de estar em Bruxelas faz com que consiga demarcar de algumas das posições desta direcção. A determinada altura do seu 2º discurso lançou o soundbyte - Nós somos da social-democracia, não somos liberais. Das duas uma, ou não conhece o PSD ou não sabe o que é a social-democracia nem o liberalismo. O PSD tem "facções" sociais-democratas mas também tem, e cada vez mais, liberais.

José Pedro Aguiar Branco tem um problema crónico que é o de estar ao lado desta direcção, o que não abona muito a seu favor. Na minha modesta opinião, acho que é o que, com base no seu lema - Unir. Seria, hipoteticamente, isso que o PSD precisava neste momento. Tem um outro problema que é o de não conseguir pôr o congresso de pé. Falta-lhe chama.

Por fim, Pedro Passos Coelho, o mais liberal de todos. Acha que o Estado deve retirar-se da economia, ou seja, o estado não pode ser empresário. Mas quando questionado sobre a privatização da Caixa, fica atrapalhado. Mas tem um discurso afável, assertivo e sabe dirigir-se aos militantes. Saiu-lhe mal a tentativa de fazer as pazes com Alberto João Jardim, e isto pode-lhe custar qualquer coisa como 5000 votos. Apesar disso, possivelmente, será o próximo presidente do PSD.

Mas houve uma "tónica" no congresso que não pude deixar de reparar. Todos os males do País são, segundo todas as intervenções no congresso, sem excepção, de Sócrates e do PS. O PSD também também tem responsabilidades pelo estado em que se encontra o País. Durante a segunda guerra mundial havia uma máxima Nazi adoptada por Hitler e seus correlegionários que dizia qualquer coisa como isto: Uma mentira dita mil vezes torna-se uma verdade.

Não sou militante do PSD mas acho que um PSD forte pode contribuir para a resolução dos problemas do País, mas com responsabilidade.

Finalizando, pedia aos bloggers que votassem na sondagem que disponibilizo na barra lateral direita sobre o próximo líder do PSD. 

Post Scriptum: Terminou o congresso por volta das 15 horas. Sem que tivesse havido grande discussão, o congresso acabou por com um exemplo deplorável. Aprovou uma chamada lei da rolha que proíbe qualquer militante de criticar a direcção 60 dias antes de um acto eleitoral. Ainda se anda a discutir a liberdade de expressão e o PSD aprova uma coisa dessas. É caso para dizer que Joseph Stalin deve estar a rebolar no caixão. Tenham juízo, meus senhores...

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