domingo, 31 de julho de 2011

Nem Pai Natal nem Subsídio de Natal

O Ministro das Finanças decidiu na semana passada não pagar “metade” do 13º mês a todos os trabalhadores e pensionistas que auferem mais do que o salário mínimo nacional. Fazendo-o, é um assalto sobre outro assalto. Porquê? Porque o 13º mês não existe.
O 13º mês é uma falácia do sistema e é justamente aquela em que os trabalhadores mais acreditam.
Como ponto prévio é bom saber que na Inglaterra, bem como noutros países, o salário é pago à semana, tal como em tempos idos, na maioria dos países, inclusive o nosso. Dito isto, vamos à demonstração aritmética e modesta, que desmonta o equívoco em que caíram os assalariados. E para isso vamos considerar o salário médio português que é, aproximadamente, € 850:
1 – Multiplicando esse salário por 12 meses, teremos como resultado: € 850,00 x 12 = € 10.200,00. Em Dezembro, o patrão manda então pagar-lhe o 13º mês, mais conhecido como Subsídio de Natal;
2 – Contas feitas, você recebe anualmente € 11.050,00 = € 10.200,00 (salário anual) + € 850,00 (13º mês).
O assalariado vai para casa feliz e agradecido.
Agora vejamos o que acontece quando nos predispomos a fazer umas simples contas do 1º Ciclo:
3 - Se o trabalhador recebe € 850,00/mês e o mês tem 4 semanas, fazendo uma conta de dividir, chegamos ao seguinte resultado: € 850,00 (salário mensal) : 4 (semanas do mês) = € 212,50 (salário semanal)
4 – Se o ano tem 52 semanas e usarmos a operação de multiplicação: € 212,50 (salário semanal) x 52 (número de semanas anuais) = € 11.050,00.
O resultado acima (Salário anual pago semanalmente) é igual ao valor do Salário anual (pago mensalmente) + o 13º mês.
Então, de onde vem o 13º Mês? A explicação é simples, embora ninguém nos tenha dado conta desse facto simples, nem nós, até agora.
A resposta é que o patrão retém-nos uma parte do salário durante todo o ano, pela simples razão de que há meses com 30 dias, outros com 31 e também meses com 4 ou 5 semanas (ainda assim, nos meses de 5 semanas o patrão só paga 4 semanas) o salário é o mesmo, tenha o mês 30 ou 31 dias, 4 ou 5 semanas. No fim do ano o patrão “presenteia” o assalariado com um “13º mês” (Subsídio de Natal), correspondente ao dinheiro que não entrou no tempo certo no bolso do trabalhador.
5 – Ora, com o governo a retirar o 13º mês (Subsídio de Natal) aos Funcionários Públicos, ou permitir que as entidades patronais façam o mesmo no sector Privado, é usurpação duplicada.
Conclusão: O Subsídio de Natal, não é um subsídio, mas sim o retorno do salário referente ao trabalho realizado e retido durante o ano.
Bom seria, que o “13º mês” fosse dividido por 12 (meses) e o 1/12 fosse acrescentado ao salário mensal e seria a melhor forma de acabar com a “regalia” e as ameaças.

terça-feira, 5 de julho de 2011

A Farsa de Passos Coelho em relação à Educação

Publico, aqui, este vídeo que é uma "entrevista" ao Professor Santana Castilho no Jornal das 7 da SICNotícias de dia 03 de Julho de 2011, na qual refere as debilidades de Passos Coelho em relação à Educação e, que bem poderíamos alargar aos restantes domínios da governação do País. Será mais uma trapalhada? Ou isto é mesmo próprio deste senhor que, ao que parece, não percebe nada de nada?
A ver vamos...